terça-feira, 19 de janeiro de 2010

Ian Brady & Myra Hindley (9 vítimas)

Myra Hindley, ao lado de seu namorado Ian Brady, aterrorizou Hattersley (uma cidade pantanosa da Inglaterra), na década de 60.

Myra e Ian se conheceram numa indústria química onde trabalhavam juntos. Ele era seu superior, um intelectual que lia o "Mein Kampf" em alemão, e que durante algum tempo, ignorou sua existência. Até que um dia, às vésperas do Natal, ele a convidou para assistir um filme sobre os julgamentos nazistas de Nuremberg.

Seus interesses eram parecidos e Myra tornou-se sua parceira, chegando a entrar para um clube de tiros e comprar uma arma.

Entretanto, não demorou muito para essa parceria começar a render péssimos frutos e dar origem a uma série de crimes que chocaram até os mais antigos investigadores de homicídios.

O casal passou a morar na casa da avó de Myra. Naquela época, ela com 23 anos e ele com 28, passavam praticamente desapercebidos da população local que sequer imaginava do que os dois eram capazes.

Juntos, os dois assassinaram 11 crianças e adolescentes que eram torturados, abusados sexualmente e fotografados em poses pornográficas. Entretanto, o sadismo não parava por aí. A dupla também tinha o costume de gravar os gritos de suas vítimas enquanto as torturava.

Tudo corria bem e Myra e Ian, provavelmente, teriam matado muito mais se não tivessem desejado transformar sua dupla em um trio. O escolhido foi David Smith, cunhado de Hindley, que tinha um passado de alcoolismo e violência que o tornva perfeito para os planos.

Para convencê-lo, convidaram-no para participar do assassinato de um garoto de 17 anos que recebeu 14 machadadas, além de ser estrangulado. Ele os ajudou a preparar o corpo para o enterro e limpar os rastros deixados.

Mas, o que Myra e Ian não contavam era que, na manhã seguinte, Smith e sua esposa fossem à delegacia local entregá-los.

De posse das informações, a polícia prendeu o casal de assassinos que sempre negou tudo. Entretanto, as fitas gravadas e as fotos, contribuíram para provar sua culpa.

Uma das fotos, inclusive, foi a maior pista para o local onde as vitimas estavam enterradas, já que mostrava Myra no pântano olhando para um buraco cheio de entulhos. Nesse local, foi encontrado o corpo de um garoto de 12 anos, John Kilbride.

Myra e Ian eram extremamente frios e nunca demonstraram remorso pelo que tinham feito. Pelo contrário. Meses após assassinarem sua primeira vítima, Pauline Reade, de 16 anos, Myra continuava cumprimentando sua mãe quando passava por ela. Seu corpo, aliás, foi encontrado quase duas décadas depois, com a garganta cortada.

Os dois foram condenados a prisão perpétua e Myra afirmava que só participou dos crimes porque Ian abusava dela, além de ameaçar matar sua família.

Myra morreu na cadeia, aos 60 anos, depois de tentar, sem sucesso, o direito à condicional.

Curiosidades

O cantor Morrissey, ex-vocalista do The Smiths, tinha uma idade muito próxima a das vítimas de Myra e Ian, na época dos assassinatos e ficou especialmente chocado com os crimes da dupla. Prova disso, é que duas canções da banda fazem referência aos fatos.

Uma delas é Suffer Little Children (letra abaixo) é uma homenagem a John Kilbride, Edward Evans e Lesley-Ann Downey. A letra chega a citar os nomes dos envolvidos e faz uma referência ao colar de contas brancas que ajudou a identificar o corpo de Lesley-Ann e, também, a uma frase de Myra dita nos tribuinais, em solidariedade a seu comparsa ("What Ian has done, I have done").

A outra é Still Ill (letra abaixo), que cita uma adaptaçaõ de uma frase dita por Myra Hindley em 1977 ("A sociedade me deve uma vida").

Still Ill (The Smiths)

I decree today that life
Is simply taking and not giving
England is mine - it owes me a living
But ask me why, and I'll spit in your eye
Oh, ask me why, and I'll spit in your eye
But we cannot cling to the old dreams anymore
No, we cannot cling to those dreams
Does the body rule the mind
Or does the mind rule the body ?
I dunno...
Under the iron bridge we kissed
And although I ended up with sore lips
It just wasn't like the old days anymore
No, it wasn't like those days
Am I still ill ?
Oh ...
Am I still ill ?
Oh ...
Does the body rule the mind
Or does the mind rule the body ?
I dunno...
Ask me why, and I'll die
Oh, ask me why, and I'll die
And if you must, go to work - tomorrow
Well, if I were you I really wouldn't bother
For there are brighter sides to life
And I should know, because I've seen them
But not very often ...
Under the iron bridge we kissed
And although I ended up with sore lips
It just wasn't like the old days anymore
No, it wasn't like those days
Am I still ill ?
Oh ...
Oh, am I still ill ?
Oh ...

Suffer Little Children ( The Smiths)

Over the moor, take me to the moor
Dig a shallow grave
And I'll lay me down
Over the moor, take me to the moor
Dig a shallow grave
And I'll lay me down
Lesley-Anne, with your pretty white beads
Oh John, you'll never be a man
And you'll never see your home again
Oh Manchester, so much to answer for
Edward, see those alluring lights ?
Tonight will be your very last night
A woman said: "I know my son is dead
I'll never rest my hands on his sacred head"
Hindley wakes and Hindley says :
Hindley wakes, Hindley wakes, Hindley wakes, and says :
"Oh, wherever he has gone, I have gone"
But fresh lilaced moorland fields
Cannot hide the stolid stench of death
Fresh lilaced moorland fields
Cannot hide the stolid stench of death
Hindley wakes and says :
Hindley wakes, Hindley wakes, Hindley wakes, and says :
"Oh, whatever he has done, I have done"
But this is no easy ride
For a child cries :
"Oh, find me ... find me, nothing more
We are on a sullen misty moor
We may be dead and we may be gone
But we will be, we will be, we will be, right by your side
Until the day you die
This is no easy ride
We will haunt you when you laugh
Yes, you could say we're a team
You might sleep
You might sleep
You might sleep
BUT YOU WILL NEVER DREAM !
Oh, you might sleep
BUT YOU WILL NEVER DREAM !
You might sleep
BUT YOU WILL NEVER DREAM !"
Oh Manchester, so much to answer for
Oh Manchester, so much to answer for
Oh, find me, find me !
Find me !
I'll haunt you when you laugh
Oh, I'll haunt you when you laugh
You might sleep
BUT YOU WILL NEVER DREAM !
Oh ...
Over the moors, I'm on the moor
Oh, over the moor
Oh, the child is on the moor

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