Myra Hindley, ao lado de seu namorado Ian Brady, aterrorizou Hattersley (uma cidade pantanosa da Inglaterra), na década de 60.
Myra e Ian se conheceram numa indústria química onde trabalhavam juntos. Ele era seu superior, um intelectual que lia o "Mein Kampf" em alemão, e que durante algum tempo, ignorou sua existência. Até que um dia, às vésperas do Natal, ele a convidou para assistir um filme sobre os julgamentos nazistas de Nuremberg.
Seus interesses eram parecidos e Myra tornou-se sua parceira, chegando a entrar para um clube de tiros e comprar uma arma.
Entretanto, não demorou muito para essa parceria começar a render péssimos frutos e dar origem a uma série de crimes que chocaram até os mais antigos investigadores de homicídios.
O casal passou a morar na casa da avó de Myra. Naquela época, ela com 23 anos e ele com 28, passavam praticamente desapercebidos da população local que sequer imaginava do que os dois eram capazes. Juntos, os dois assassinaram 11 crianças e adolescentes que eram torturados, abusados sexualmente e fotografados em poses pornográficas. Entretanto, o sadismo não parava por aí. A dupla também tinha o costume de gravar os gritos de suas vítimas enquanto as torturava. Tudo corria bem e Myra e Ian, provavelmente, teriam matado muito mais se não tivessem desejado transformar sua dupla em um trio. O escolhido foi David Smith, cunhado de Hindley, que tinha um passado de alcoolismo e violência que o tornva perfeito para os planos. |
| Para convencê-lo, convidaram-no para participar do assassinato de um garoto de 17 anos que recebeu 14 machadadas, além de ser estrangulado. Ele os ajudou a preparar o corpo para o enterro e limpar os rastros deixados. Mas, o que Myra e Ian não contavam era que, na manhã seguinte, Smith e sua esposa fossem à delegacia local entregá-los. De posse das informações, a polícia prendeu o casal de assassinos que sempre negou tudo. Entretanto, as fitas gravadas e as fotos, contribuíram para provar sua culpa. Uma das fotos, inclusive, foi a maior pista para o local onde as vitimas estavam enterradas, já que mostrava Myra no pântano olhando para um buraco cheio de entulhos. Nesse local, foi encontrado o corpo de um garoto de 12 anos, John Kilbride. |
Myra e Ian eram extremamente frios e nunca demonstraram remorso pelo que tinham feito. Pelo contrário. Meses após assassinarem sua primeira vítima, Pauline Reade, de 16 anos, Myra continuava cumprimentando sua mãe quando passava por ela. Seu corpo, aliás, foi encontrado quase duas décadas depois, com a garganta cortada. Os dois foram condenados a prisão perpétua e Myra afirmava que só participou dos crimes porque Ian abusava dela, além de ameaçar matar sua família. Myra morreu na cadeia, aos 60 anos, depois de tentar, sem sucesso, o direito à condicional. |
Curiosidades | |
| O cantor Morrissey, ex-vocalista do The Smiths, tinha uma idade muito próxima a das vítimas de Myra e Ian, na época dos assassinatos e ficou especialmente chocado com os crimes da dupla. Prova disso, é que duas canções da banda fazem referência aos fatos. Uma delas é Suffer Little Children (letra abaixo) é uma homenagem a John Kilbride, Edward Evans e Lesley-Ann Downey. A letra chega a citar os nomes dos envolvidos e faz uma referência ao colar de contas brancas que ajudou a identificar o corpo de Lesley-Ann e, também, a uma frase de Myra dita nos tribuinais, em solidariedade a seu comparsa ("What Ian has done, I have done"). A outra é Still Ill (letra abaixo), que cita uma adaptaçaõ de uma frase dita por Myra Hindley em 1977 ("A sociedade me deve uma vida"). |
Still Ill (The Smiths) I decree today that life |
Suffer Little Children ( The Smiths) Over the moor, take me to the moor |
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