segunda-feira, 18 de janeiro de 2010

Paul Bernardo e Karla Homolka


Era tudo muito bom para ser verdade. Em 17 de outubro de 1987 Karla Homolka, com 17 anos vai para uma convenção sobre veterinária em Toronto onde conhece Paul Bernardo em seu hotel. Paul e Karla eram originais e selvagens na cama, e ela o amava tanto que se tornava co-dependente de Paul, fazendo absolutamente tudo para manter seu amor. Porém o que realmente os diferenciava da maioria dos casais foram os diversos anos em que Karla tornou-se submissa as situações ultrajantes que seu amor lhe impunha.

Paul não perdoava o fato de Karla não ser virgem quando se conheceram, deixando-o obsessivo pela virgindade de Tammy, irmã mais nova de Karla, convencendo-a de que era sua responsabilidade “oferece-la” a Paul, sem o conhecimento ou consentimento da irmã, e aceitando ainda a idéia de registrar todo o evento como uma boa lembrança, uma prova de seu amor por Paul. Karla trabalhava em uma clínica veterinária, o que facilitava a disponibilidade dos sedativos de animais, como o halothane (um anestésico usado em cavalos antes de cirurgias) utilizado na irmã para facilitar o estupro.

O objetivo jamais fora matar a irmã, mesmo com suas crises de ciúmes no verão de 1990, quando Paul e sua irmã demoraram 8 horas para chegar a casa, e as freqüentes sugestões de Paul sobre seus desejos por uma garota virgem. Mas apenas dopa-la com um pano molhado de sedativo e dá-la de presente de natal para Paul, permitindo que ela respirasse e com a segurança se uma violação sem culpados e organizada.

Então, em 23 de dezembro de 1990 Paul utiliza sua filmadora nova para fazer vídeos do Sr. e a Sra. Homolka, suas filhas, Karla, Tammy e Lori e as decorações de natal da casa. Quando à noite, após os outros membros da casa irem para cama, ambos puderam trabalhar em Tammy, dobrando-a com bebidas ate que ficasse fora de si, o que seria rápido com a mistura dos sedativos e do álcool.

Tão logo a garota desmaiou o casal a levou ate o porão e Paul a prendeu na filmadora, começando a estuprá-la sobre o divã, enquanto a Karla a mantinha desacordada, ate que foi requisitada a fazer avanços sexuais em Tammy que dormia, foi quando Tammy deu um impulso para cima e eles se lembraram que a menina não havia comido, e com o excesso de álcool tenderia a vomitar caso sua cabeça não abaixasse facilitando a respiração

O único problema é que o vômito já havia bloqueado sua respiração levando-a para morte, e qualquer tentativa de ressuscitá-la fora em vão, então Paul e Karla vestiram-na, esconderam as drogas e a câmera e chamaram a ambulância, com os pais da menina percebendo tudo apenas quando a garota era levada para fora da casa já morta. Porém todos foram induzidos a pensar que fora um acidente e que os dois nada sabiam sobre Tammy Ter bebido.

A morte da garota apenas aumentou a obsessão de Paul por ela, mostrando desolado parte do vídeo para os amigos, e assistindo-o compulsivamente quando estava sozinho, sem Tammy para satisfazê-lo em seu desejo, e frustrado com a situação, costumava culpar Karla pela morte da irmã.

Porém, apesar do belo presente de Karla, Paul com seus 26 anos tinha outros planos quanto a casar-se com aquela mulher que estava longe de ser uma virgem para suas fantasias.

Em 1990 Karla une-se a um contabilista profissional considerável, sofisticado e com dinheiro. Seria o início de uma união que seus familiares e amigos jamais esqueceriam.

Apesar de possuir outros interesses, Karla casou-se e deu-se completamente ao seu homem, que não pouparia despesas em uma cerimônia pródiga, em uma igreja histórica próxima a um lago no Niagara com cavalos, carruagens, champanhe e um jantar para cento e cinqüenta pessoas. Paul cuidaria detalhadamente do casamento, desde o vestido de $ US 2,000 que Karla usaria ate os votos onde Karla deveria dizer “ama-o, honra-o e obedece-o”, não permitindo que o ministro pronunciasse “marido e esposa”, mas apenas “homem e esposa”.

O casamento seria para este homem apenas mais uma oportunidade de negócio grande, onde poderia chegar a gastar $ 50,000 visando obter amigos influentes depois, como Scott Burnside & Cairns de Alan registrariam em Inocência Mortal. Porém o Paul que se casaria com Karla aquela noite estava muito longe de ser aquele garoto que nasceria em 1964.

Após o casamento mudaram-se para o quieto subúrbio de Dalhousie, onde a Karla conheceria quem realmente era Paul e onde a situação só tenderia ao caos.

Depois do casamento o casal mudou-se para uma casa em Bayview em Santa Catherines, Paul que crescera no negócio de contrabando de cigarros começara a roubar placas de carros e licenças que justificassem sua freqüentes passagens pela linha Americano-Canadense, foi esta necessidade que o levou ao encontro de sua primeira vítima.

Leslie Mahaffy era uma adolescente rebelde, de forte personalidade e independência que ignorava seus horários dedicando-se a promiscuidade e a pequenos roubos de lojas, coisa que seus pais começaram a responder severamente a seus atos. Foi em uma sexta-feira, dia 4 de junho de 1991 quando Leslie saiu com seus amigos permanecendo fora ate depois de seu horários, ao chegar em sua casa as 2:00AM encontrou a porta fechada, e não podendo ir para a casa de uma de suas amigas decidira dar a volta e acordar seus pais pelos fundos, mas ao fazê-lo deparou-se com Paul que a forçou com uma faca a entrar em seu carro.

Enquanto Karla dormia Paul examinara cuidadosamente a garota de apenas quatorze anos e despido começou sua nova gravação. Ao acordar Karla ficara irritada ao ver que seu marido havia usado seus melhores champagnes em sua nova diversão, mas sua raiva não durou muito, voltando logo a ser uma esposa obediente e submissa.

Paul dera instruções detalhadas a Karla de como fazer amor com Leslie, tornando-se um diretor compenetrado de uma importante filmagem, com cada detalhe perfeitamente produzido, após o prelúdio de sua esposa, Paul dirigiu-se a garota submetendo-a a uma brutal forma de sexo anal que a levaria a morte.

Na noite de 29 de junho de 1991, uma casal que navegava no lago Gibson encontraram blocos de concreto com estranhos pedaços de carne encerradas nele, olhando melhor eles conseguiram identificar o que seria o pé de uma jovem garota. Em pouco tempo o rio estava inundado de policiais que encontrariam mais cinco blocos despejados em águas rasas, o que fez os agentes acreditarem que a pessoa que jogara o corpo no local não conhecia a área, pois ao contrário teria despejado o corpo em uma parte mais profunda. Em pouco tempo o corpo seria reconhecido como pertencido a Leslie

No dia 16 de abril de 1992, uma jovem garota titulada “Kristen French” de 15 anos foi seqüestrada do estacionamento de uma igreja, a bonita garota, parara sobre o carro de Paul para dar informações a certa mulher que não conseguia entender o mapa, foi quando Paul a força entrar no carro.

Apesar de “Kristen” ser maior e mais forte que Karla, era o suficiente esperta para saber que a cooperação era sua única chance de manter-se viva, pois os tinha visto claramente, quanto mais a garota cooperava com os abusos ultrajantes, pior e mais sádico Paul se tornava, sendo tudo gravado em vídeo cassete.

Em um trecho do livro de Willian, ele descreve um momento que afirma a obediência de “Kristen”:

PAUL: “eu estou indo mijar em você, aprovado? Então eu estou indo cagar em você.” Kristen não se moveu, nem mesmo quando Paul golpeava sua cara com um pênis semi-ereto

“Não me deixe louco, não vou feri-la” dizia Paul começando a sorrir enquanto friccionava sua virilha sobre sua cara

“Não se preocupe, não vou mijar na sua cara.”

Willian descreve, que após isso Paul avança sobre a garota e começa a urinar sobre ele, girando as nádegas sobre a cara de “Kristen” e agachando-se para tentar defecar sobre ela, sem sucesso...

No local onde “Kristen French” foi capturada ficaram um pedaço do mapa usado como isca, um dos sapatos da garota e mechas de cabelo.

Apesar de toda a gravação, o sofrimento da jovem garota duraria mais um dia ate que o casal decidisse mata-la, pouco antes de ir a um jantar na casa dos pais de Karla, seu corpo seria encontrado despido em uma vala na cidade de Burlington - Ontário no dia 30 de abril de 1992, com os investigadores concluindo que não havia ligação entre seu assassinato e o de Leslie.

Foi no verão de 1992 que Paul se tornara excessivamente violento não só com as mulheres de quem abusava, mas de Karla, levando-a ao limite, não apenas ao magoá-la e humilha-la tantas e tantas vezes, mas foi neste verão que a série de agressões tornaram-se muito demasiado intensas.

Em janeiro de 1993 após ficar hospitalizada devido aos maus tratos de Paul, que deixara seus olhos completamente pretos, além de contusões pelo corpo todo, finalmente seus pais conseguiram convence-la a refugiar-se na casa de amigos da sua irmã Lori, a policia do Niagara então foi chamada levando Karla ao hospital para exames.

Então, em 1987 Paul torna-se um estuprador, agarrando mulheres que saiam de ônibus e arrastando-as para a terra, forçando a ao sexo e o sexo anal e deixando-a ir. Dois anos depois, com diversas violações a policia havia recolhido várias evidências físicas das mulheres violentadas, mas continuavam sem suspeitos, ate conseguirem um bom desenho do homem que havia violado cerca de treze mulheres, quando a policia divulgou o desenho não houve por muito tempo duvidas quanto a esta decisão, posto que teoricamente Karla soubesse o que Paul estava fazendo e o incentivara, e com o depoimento de uma das vítimas que se recordava de ter visto uma mulher com uma câmera acompanhada do estuprador.

Os policiais logo perceberam o perigoso trabalho que Paul realizava como o estuprador de Scarborough. O comitê de detetives da policia metropolitana tornaram-se totalmente envolvidos no caso, pela similaridade entre as vítimas, tornando claro que era uma dupla. Diferentemente de outros estupradores, este era um homem novo, bem apresentado que não as matava, mas as violava querendo sempre ouvir coisas específicas, e tinham ocorrido em lugares próximos um do outro, sendo todos na vila de Guildwood, Scarborogh.

Antes do natal de 1987, uma das vítimas dera uma descrição bem específica de seu agressor, como ter cerca de seis pés de altura, limpo, barbeado, sem artes no corpo, sua descrição fizera um retrato falado exato a Paul Bernardo, porém a polícia não o divulgou. Uma das antigas namoradas de Paul já havia ido a polícia diversas vezes queixando-se das violações brutais, agressões, abusos e ameaças constantes recebidas por Paul, mas mesmo com as queixas e agressões similares a do estuprador de Scarborogh, o fato de que este morava nas proximidades dos locais onde as vítimas foram abusadas e de que as vítimas haviam reconhecido o carro do estuprador como sendo um Capri branco (o mesmo de Paul), o caso foi arquivado.

Em 1990, praticamente quatro anos após o início do pesadelo em Scarborogh, policiais resolveram publicar o retrato falado, juntamente com uma recompensa de 150,000 $, neste período Paul havia deixado seu trabalho com Waterhouse e dedicava-se apenas ao contrabando de cigarros, porém seus antigos colegas de trabalho maravilharam-se com a semelhança em Paul e o retrato, porém com o grande número de telefonemas os policiais não deram realmente importância a Paul.

O detetive Steve Irwin passou todas as evidencias físicas para Kim Johnston do laboratório forense, então pelas amostras podia-se determinar que o criminosos era um não secretor, de tipo sanguíneo similar ao de 12.8% da população masculina, porém ao ser chamado, Paul não apresentou qualquer reação que o colocasse no perfil de um estuprador em série, sem também se negar a ceder amostras de sangue, saliva e de seu cabelo.

Suas amostras, juntamente com mais 230 de outros suspeitos foram entregues a Kim, que após exames descartou a maioria, deixando apenas cinco como similares ao tipo sanguíneo do criminoso, Paul estava entre um dos cinco suspeitos, porém só iria para testes adicionais em 1992, pelo fato de o criminoso haver parado com a onda de ataques e o caso não foi tratado com a devida atenção.

Depois da morte de Leslie as investigações passaram a ser concentradas em áreas próximas as cataratas do Niagara, fortalecendo o pessoal de investigação com a força tarefa verde fita recomendado pelos peritos forenses do FBI, e quando “Kristen” foi seqüestrado uma mulher lembrou-se de que vira um esforço sobre um carro que ela definiria como sendo um Camaro, fazendo o nome de Paul ressurgir, logo que o superintendente Vince Bevan buscou o todos os possuidores de Camaros da região.

Novamente Paul é entrevistado pelos policiais sendo muito polido e confessando que fora um dos suspeitos no caso de Scarborough, pela similaridade com o retrato falado, os investigadores notaram que se tratava de um homem inteligente, cooperativo e não dirigia um Camaro, e sim um Nissan. Mesmo Paul ter se apresentado bem na entrevista, os dois policiais entraram em contato com o detetive de Scarborough para saber os resultados do inquérito sobre o estuprador, porém Steve explicou-lhes que as amostras de saliva de Paul não haviam sido feitas, sendo que ele fora cancelado como suspeito, o depoimento de seus amigos descartados e os relatórios de queixas da sua antiga namorada haviam sido arquivados. Em 1 de fevereiro de 1993 as amostras foram enfim analizadas e combinaram com as do estuprador de Scarborough, e Paul foi colocado sobre vigilância 24 horas

Em 9 de fevereiro de 1993, Karla foi entrevistada pelo policia, enfatizando os abusos sofridos por Paul, a força tarefa de Toronto a chamou para questionamentos sobre o assassinato “Kristen”. Pelo nível das perguntas Karla percebeu que os policiais já haviam unido os estupros de Scaborough com os de Sta. Catharines, seu nervosismo era compreensivo, uma vez que Karla havia confidenciado a seu tio, que Paul era o estuprador que matara Leslie Mahaffy e “Kristen”.

Karla tratou logo de arrumar um advogado realmente bom, porém os promotores mostraram em diversas entrevistas que Homolka não era necessariamente a vítima inocente que ela tratara de se pintar. Estando de acordo de que a cooperação apenas seria possível com algum tipo de imunidade, por possuir um papel real nos crimes. Em 5 de maio de 1993 o governo ofereceria um acordo que seria aceito em 14 de maio de 1993 onde Homolka levaria uma sentença de 12 anos com possibilidade de condicional após três anos, podendo ate ser que Karla cumprisse sua pena em um hospital psiquiátrico.

No meio de fevereiro, Paul Bernardo seria finalmente preso pelos crimes de Scaborough e os assassinatos de Mahaffy e “Kristen”. Karla chocada e receosa segurava suas ansiedades com grandes quantidades de bebidas e drogas.

No dia 19 de fevereiro de 1993, os policias executam a busca para a casa de Paul e Karla, encontrando um número surpreendente de evidências, pois além das fitas de suas violações, Paul também fazia descrições escritas sobre todas as suas violações, e possuía uma biblioteca extensa de livros e vídeos de desvios sexuais e assassinatos em série. Em meio aos vídeos caseiros os investigadores encontraram um em especial que comprovava que havia tido mais duas mulher em cenas explícitas de lesbianismo com Karla.

Em março durante um pesado tratamento psiquiátrico, com fortes drogas, Karla escreveria uma carta para seus pais.

CARTA DE KARLA HOMOLKA AOS PAIS:

Caros Mamãe, papai e Lori: Esta é a carta mais dura que eu tive que escrever, e provavelmente vocês terão todo ódio de mim uma vez que o lerem. Eu mantive isto dentro de mim. Paul e eu somos responsáveis pela morte de Tammy. Paul estava apaixonado por ela, e queria fazer sexo com ela. Quis-me ajudar-lhe. Ela dormiu pelo efeito da droga. (Paul) ameaçou-me e abusou-me física e emocionalmente quando eu recusei. Nenhuma palavra que eu possa dizer vai fazê-los entender o que se passou comigo. Assim, estúpida eu concordei fazer, como disse. Mas algo, talvez a combinação das drogas e do alimento que comeu a noite, fez com que vomitasse. Eu tentei duramente reanima-la. Eu estou pesarosa. Mas nenhuma palavra que eu possa dizer pode trazê-la. Eu daria contente minha vida para ela. Eu não espero que me perdoem, porque eu jamais me perdoarei.

O julgamento de Karla iniciado em 28 de junho de 1993 foi recheado de um clima de espetáculo, onde Karla parecia “impassível com um vestido esverdeado e largo para seus ombros e sapatos ligeiramente altos e pretos, muito diferente da aparição anterior no tribunal, desta vez Karla parecia uma matrona, com cílios postiços, batom vermelho e a feição extremamente endurecida”.

O relatório psiquiátrico de Karla afirmava que ela tinha plena consciência do que estava acontecendo, mas que seu estado de obediência, medo e servidão a tornaram incapaz de defender, a si mesma ou a outros. Seus advogados utilizavam a sua pouca idade, abusos sofridos pelo marido e a falta de registros criminais para defender Karla, a fim de conseguir uma pena branda por assim dizer.

O julgamento do Paul demorou dois anos após sua prisão, já que Paul colocará seu advogado em uma situação ética difícil quando entregou-lhe as fitas cassetes em que se registravam suas aventuras sexuais, acreditando que assim essas fitas não cairiam em mãos erradas, porém quando os promotores souberam das fitas, pressionaram seu advogada, não restando-lhe alternativa, a não ser entregá-las e retirar-se do caso.

Assim o julgamento de Paul Bernardo apenas começaria em 1995, tendo os videocassetes como evidencias que o prejudicavam substancialmente. Paul respondia então pela acusação de dois assassinatos de 1° grau, duas acusações de atentado violento ao pudor, duas acusações de cárcere privado, uma acusação de seqüestro e uma acusação de “executar um indignity em um corpo humano”.

Durante dois anos as informações sobre o caso haviam ficado em sigilo, porém durante o julgamento as histórias se confrontavam, hora mostrando o agitado dia a dia de Karla como vitima de um sádico, e hora apresentando fitas onde Karla aparecia masturbando-se para a câmera, o que fora um choque para todos no tribunal, pois por tanto tempo havia sido feito diversas especulações sobre a relação entre Paul e Karla e como esta havia sido submissa e dominada por seu marido, que os presentes não esperavam vê-la em apresentações sexuais tão detalhadas. Cenas tais que foram explicadas pelos promotores como uma amostra do modo que Paul dirigia, escrevia os script’s dos vídeos cassetes, e como dominava as ações de Karla, ajudando apenas para aumentar a imagem de Paul como um “depravado” sexual.

Quando Karla foi chamada para depor, ficou claro que o nível de degradação sexual não se comparava com a que ele havia começado com as outras namoradas antes de Karla, chamando-a de cadela, forçando-a a usar coleira de cachorro, introduzindo objetos em sua vagina e estrangulando-a para satisfazer suas fantasias sádicas.

Os advogados de Paul rebateram, ameaçando a credibilidade de Karla, a fim de mostrar que ela não era uma vítima indefesa, mas sim uma participante impulsiva, sem moral ou remorso e que estava disposta ao assassinato em par.

A negociação entre Karla Homolka e o governo canadense foi duramente criticado e colocado como um dos piores negócios do governo do Canadá com uma testemunha criminal. Em 1 de setembro de 1995 terminou o julgamento de Paul Bernardo, enquanto Karla conseguira uma pena de doze anos, Paul pegara uma pena de prisão perpétua com direito a condicional após vinte e cinco anos de prisão, apesar de ser improvável que ele um dia venha conseguir a condicional. Em 2000 as apelações de Paul Bernardo foram negadas, assim como o pedido de condicional de Karla Homolka em 2001.

Durante o tempo em que esteve presa, Karla Homolka recebeu avaliações psicológicas de pelo menos 7 psicólogos que constataram depressão clínica severa, estress pós traumático e psicopatia, porém este não foi diagnosticado por medico especializado e sim apenas sugerido diversas vezes, dificultando seu pedido de condicional em 2001. Em 2005 após seu pedido de condicional ser negado o psiquiatra Louis Morrisette diria que Karla com 35 anos já não representava um ameaça a comunidade e que não era uma psicopata. Embora Karla não fosse psicopata, aceito fazer cursos para administração da raiva, e tratamento para vitimas de trauma, conseguindo também seu “grau de celibatário na universidade de psicologia” com níveis bastante elevados.

Em 22 de setembro de 2000 a gazeta de Montreal publicou um artigo que sugeria que Karla estava tendo um relacionamento lésbico com uma outra presidiária.

Homolka foi libertada em 4 de julho de 2005 planejando morar em algum distrito de Montreal, que não foi divulgado. A sua liberdade apenas foi concedida com a obrigação de Karla de informar as autoridades sobre o endereço de sua casa, trabalho e com quem moraria, notificando sempre que houvesse mudanças nos itens acima ou em seu nome; informar com 72 hora de antecedência sempre que planejasse deixar sua residência por mais de 24 horas; não poderia contatar Paul Bernardo, a família das vitimas, ou outros criminosos violentos; não deveria conviver com adolescentes menores de 16, ou com drogas; deveria continuar fazendo terapia e fornecer amostras do seu DNA a policia.

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